Descubra os segredos para melhorar a autoestima. Dossiê completo! psicologa mogi mirim, saude mental, qualidade de vida

A falta de autoestima é uma das reclamações mais comuns no consultório. Isso pode ser percebido dos sentimentos de abandono, culpa, inveja, rejeição, insegurança, inadequação ou autocrítica. Imagino que você já deve ter se sentido assim, o que provavelmente te faz se preocupar com a opinião de outras pessoas, aceitar um emprego ou um relacionamento ruim.

Ter autoconfiança reflete o mais importante que você pensa sobre si mesmo, dessa forma, desenvolver a autoestima é expandir sua capacidade de ser feliz e acreditar que merece o melhor.

Inúmeros teóricos de psicologia e psicanálise se debruçaram sobre o tema para desenvolver uma explicação e análise mais simplificada. No intuito de avaliar numericamente, surgiu a escala da autoestima de Rosenberg, com 10 perguntas bem simples nas quais a pessoa atribui uma pontuação aos tópicos. No entanto existem inúmeras controvérsias já que a pessoa poderá se avaliar de forma diferente em relação a autoimagem e a autoconfiança profissional, além de poder se constranger por se avaliar de maneira muito negativa. Assim, continuamos sem um instrumento para avaliar coisas tão complexas e subjetivas como sentimentos, pensamento, humor e a autoestima.

Sigmund Freud, pai da psicanálise utilizava a palavra alemã Selbstgefühl, que pode ser traduzida de duas formas: consciência de uma pessoa, a respeito de si mesma (sentimento de si), e vivência do próprio valor a respeito de um sistema de ideais (sentimento de estima de si). Assim, o “sentimento de estima de si” que descreve Freud é a autoestima.

É a partir desse referencial que vejo o amor próprio, e me pergunto o quanto você se estima?

O que é autoestima?

Muitos acreditam que a autoestima está, principalmente ligada à beleza externa ou ao sucesso profissional. Na realidade, vai além da imagem externa pois consiste numa avaliação positiva sobre si mesmo.

No entanto, não é algo sólido que você conquista e não perde mais, que ou se tem ou não, mas é algo a ser constantemente alimentado. Por isso, é importante ressaltar que ter uma autoestima elevada significa se sentir bem e aceitar suas potencialidades e limitações, de uma forma que mesmo os pensamentos negativos não destruam suas qualidades.

Infelizmente todos nós temos muita dificuldade com esse olhar integral sobre nós mesmos. Imagino que durante sua vida você se percebeu de maneiras diferentes, afinal o olhar do outro interfere muito nessa avaliação. Por isso, a autoimagem que você tem nunca dará conta das suas reais qualidades e do seu verdadeiro potencial.

Demonstrando então a necessidade de rever o que ouvimos no passado, tanto para o bom quanto para o mal. Para que dessa forma, você entenda como e com quais influências a sua autoestima foi desenvolvida, ou não.

Ter uma autoestima elevada é sentir-se confiantemente adequado à vida, desenvolver a convicção de que você é competente e merecedor da felicidade ou do sucesso, ter a certeza de que é capaz de enfrentar a vida e se sair bem. O que com certeza altera todos as suas escolhas e seu futuro.

Pare um pouco!

 

Tente olhar para si e me responda:

  • Como você se define, se descreve?
  • Quais são as suas qualidades?
  • Quais são seus defeitos?
  • Você se preocupa com a opinião dos outros?
  • Sabe o que todos pensam de você?

O quanto cada uma dessas partes significa para você, aceitar que é soma de tudo o que vive, tanto as partes boas e ruins. Se conhecer e se aceitar é fundamental para ter segurança em suas escolhas e decisões, como podemos escolher um emprego, namorado ou amigo, se você acredita que não é suficientemente bom?

Como se forma a autoestima?

Ela é formada desde antes de você  nasce com as expectativas dos seus pais que foram transmitidas no decorrer da infância. Mas ela não pára de se formar, ao longo da vida e é alterada em diversos momentos.

Por exemplo, quando você tem um comportamento, ele pode ser aprovado ou desaprovado. Dessa forma, cada um vai formulando suas crenças a respeito de si, de como se vê, de como acredita que as pessoas o vêem e, a partir disso, passa a se relacionar com os outros e fazer suas escolhas.

Junto a isso, milhares de fantasias que não se assemelham à realidade vão se formando. Pois é impossível ter certeza do que o outro pensa, e saber porque ele percebe dessa forma. Isso explica a causa de alguns aceitarem ser maltratados e não perceberem o valor que possuem.

Isso pode ser alterado a cada pequena atitude. A pessoa não acredita que é eficiente no trabalho e quando tem uma iniciativa,  é parabenizada, elogiada. Isso mostra o quanto sua imagem estava distorcida e tem a chance de mudá-la e continuar a ter outras iniciativas.

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Com crianças por exemplo, a sociedade costuma reclamar da atitude negativa, mas não parabeniza a atitude boa para que dessa forma ela possa ter conhecimento do que fez de legal. Por meio desses elogios e confirmações de bons comportamentos e características é possível proporcionar um terreno fértil para que ela não se torne insegura e fragilizada.

Quando você não percebe por si só suas qualidades, você sabota momentos alegres e sua possibilidade de melhorar quem você é, e a sua vida. Por exemplo: quando aceita um cargo ou salário menor do que merece, quando deixa de inovar com medo de dar errado ou quando você aceita ser maltratada num relacionamento.

Isso se complica quando você vive em um lar com pais muito rígidos ou com dificuldades psicológicas, pois dessa forma você nunca receberá uma avaliação positiva, não importa o quanto esforço faça. O que te transforma em um adulto com a certeza absoluta que não é bom o suficiente e que deve se prejudicar para agradar o outro em busca de um olhar que nunca recebeu.

O que é diretamente contrário à criança que só de sorrir era extremamente aplaudida, e na realidade pode ter muitos problemas quando percebe que a sociedade não te beneficia só por existir.

É importante ressaltar que mesmo se você for amado pela sua família, companheiro e amigos, mesmo assim, pode não amar a si próprio.

Você pode ser admirado por todos e mesmo assim se ver como um inútil. Muitas vezes sabendo dessa fragilidade, você pode criar uma máscara ou armadura perfeita para fazer com que todos acreditem no quão bom e incrível você é. Ainda assim lá no fundo, você, só você saberá o fracasso que carrega e pior ainda, agora terá o medo que todos descubram o quão inadequado você é. Falhar em relação às suas expectativas este é o problema, não conseguir convencer a você mesmo, que merece coisas boas.

Eu não sei com base em quê sua alta ou baixa estima foi construída: com muito amor, ódio, bullying. Sim não é responsabilidade somente dos pais, claro que uma avaliação positiva vindo deles é muito importante. Mas obviamente não é a única que você recebe durante a vida. O bullying praticado por colegas de escola, o assédio de colegas de profissão pode ser também muito avassalador, à medida que você também passa muitas horas nesses locais. O impacto que isso causará na sua autoconfiança depende de inúmeros fatores, como intensidade, constância e fervor.

Agora percebemos que a autoimagem e a autoestima estão intimamente ligadas e são mutáveis, isto é, são concepções pessoais que sempre estão inacabadas.

Sendo assim, você pode se desenvolver e melhorar a qualquer hora. Permitir que possa enxergar verdadeiramente quem você é, perceber suas qualidades e defeitos, suas conquistas e falhas, ou seja, o que o torna único e valioso. Pode parecer difícil ter um olhar positivo sobre si quando a vida nos mostra o contrário, mas, tenho certeza que você já acumula algumas vitórias anteriores que desconsidera no presente.

Como melhorar sua autoestima?

A imagem positiva de si mesmo não pode ser construída do nada. Não  existe um exercício, fórmula mágica ou dizer para si próprio: “Eu me amo”. Poderia colocar isso no título e ter milhares de cliques mas estaria ajudando você a se enganar com uma mentira bonita e falsa. O amor próprio, na realidade, significa dar esse olhar amoroso para si próprio, como sendo a pessoa que mais merece esse carinho, sentir bem e acreditar no seu potencial, seja para atrair um parceiro(a), enfrentar uma prova, entrevista ou se lançar rumo a um projeto inovador.

É nesse momento que fica claro pra mim, o problema e dessa forma, a solução. O que enfrentamos aqui é um olhar invejoso e  ao mesmo tempo sem nenhum filtro para a outra pessoa. Quando olhamos para um amigo ou desconhecido pessoalmente, ou através das redes sociais, ele quer mostrar seu melhor ângulo e suas qualidades, e por pior que pareça caímos como patinhos e esquecemos completamente nossos critérios apenas vendo o bom.

Está aí a nossa solução, explico melhor: quando você se olha com uma avaliação rigorosíssima que via de regra já sai perdendo, acredito que não exista nenhuma perfeição que passaria nesse julgamento, já que você olha praticamente com uma lupa todos seus ângulos mais absurdos a procura de defeitos.

É claro que existem muitas características que você não gosta ou prefere esquecer. No entanto, é necessário aceitar que, embora esses aspectos não façam parte do seu melhor lado, eles também compõem quem você é, e que mesmo eles sendo pavorosos, não descartam outras centenas de características e habilidades boas que você tem.

Ao negar um pedaço de si, é como se ver num espelho quebrado, nunca estará completo, muito menos terá o valor que merece. É imprescindível reconhecer o valor que se tem e admirar-se com os seus feitos, ter a mesma compaixão com o outro, por si próprio.

Afinal, ficar irritado com a existência das suas dificuldades físicas como cabelo ou peso, mentais como ansiedade ou irritação, cognitivas como lentidão ou erros ortográficos não fará com que elas desapareçam, na verdade você investirá energia vital e só transformará elas em maiores ainda através de fantasias e começará a perder a noção de realidade, criando problemas e defeitos que não são reais ou até então nem estavam incomodando.

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Além disso, a frase clichê “é preciso primeiro se amar antes de (qualquer coisa)” é completamente verdadeira. Flávio Gikovate explica que Estima é uma palavra associada a amor, mas também significa valor; ele pensa mais por este segundo aspecto, sendo assim baixa autoestima seria uma insatisfação com o seu jeito de ser, você é o juiz que se avalia de forma negativa.

Dessa forma, poderia se dizer que essa pessoa tem uma incapacidade de amar, o que não se prova verdadeiro para ele. Em sua experiência ele acredita que procuramos o que é diferente do que se tem. Assim, ficando suscetível a aceitar o que não é bom (trabalho, relacionamento), o que pela minha experiência é o que acontece já que essa pessoa acredita que por não ter valor, dessa forma, não mereceria algo maravilhoso.

Uma pessoa com autoestima baixa não faz boas escolhas conscientes, pois não gosta de si mesma e de seu comportamento. Dessa forma, se considera inadequada, sem potencial, não consegue perceber sua capacidade e não acredita que merece coisas boas.

Infelizmente, nutrir-se de amor próprio está diretamente ligado às experiências passadas que, muitas vezes, não foram favoráveis e estão repletas de críticas de outras pessoas que, por motivos pessoais, podem tê-las disseminado. Isso mostra que essa concepção negativa a respeito de você pode não ser verídica, pois, ela nunca dará conta de conhecer o “todo” do qual você faz parte, das suas capacidades e habilidades, isto é, do seu verdadeiro potencial.  Aconselho a leitura do texto sobre autocrítica e sobre se conhecer melhor !

Repito sobre isso, pois acredito que seja necessário uma revisão sobre tudo que já falaram negativamente sobre você, é importante entender o propósito e o momento dessa crítica e um olhar mais rigoroso ainda sobre sua veracidade. Afinal é muito possível que muitas dessas críticas tenham sido feitas em um momento de raiva, e que não tenham nenhum embasamento na realidade e você tem levado todo esse peso a vida toda.

Dessa forma, alimentar sua autoestima precisa se tornar parte de sua rotina e não ser esquecida, pois quanto mais estimulada, aumenta sua possibilidade de manter e encontrar relações saudáveis, ser feliz, alcançar metas. Assim será também mais fácil dialogar com respeito e carinho, já que você aprendeu o quanto isso é importante e não se sente ameaçada pelo outro, tornando simples a resolução de conflitos e problemas.

O maior benefício da autoestima é a qualidade de vida, pois apreciar cada momento é muito mais espontâneo quando não se tem um caminhão de problemas para perturbar sua saúde mental, além de que se amar, te fará um bem inequiparável.

Autoestima demais é possível?

Você pode estar se perguntando se não existem pessoas que parecem ter uma forte autoestima, mas, que na verdade, não gostariam de conviver com elas mesmas. As pessoas que falam e se colocam demais, dando muita ênfase em ser o centro das atenções, que tem a necessidade de se gabar sobre a própria vida, de fazer grandes promessas ou mesmo de montar grandes projetos, que passam muito tempo tirando vantagem.

Antes de discutirmos sobre isso, gostaria de falar sobre a minha visão da sociedade quando julgamos essas pessoas como gananciosas, orgulhosas e egoístas

Acredito que nossa sociedade nos ensinou que não podemos nos achar, temos que nos desculpar por sermos bons, por chamar atenção, temos que ser medíocres. E dessa forma inúmeras palavras se tornaram pecados, defeitos horríveis.

“As pessoas que estão suficientemente loucas para achar que podem mudar o mundo são as que mudam”. Steve Jobs

Nos tornamos uma sociedade que não pode evoluir porque isso é feio. É um delírio coletivo de fracasso e praticamente um pacto de auto sabotagem coletivo, ainda mais quando ouvimos que alguém de sucesso deve ter feito algo ilegal, ou que aquela menina que se acha tem problemas, deve estar escondendo algo.

Nos tornamos pessoas fracas, deprimidas, ansiosas. Porque isso te impede de ter autoestima e ainda mais te impede de conseguir conquistar uma vida melhor em qualquer aspecto.

Dito isso, precisamos entender o que é ter muita autoestima? Será que estamos falando desse julgamento social ou de pessoas ou atitudes ruins?

Acima eu descrevi que quando a criança recebe somente elogios não é benéfico para ela, pois traz consequências. Isso pode ou não se relacionar ao fato dela perder a noção de sociedade (egocentrismo) e querer passar por cima e prejudicar as demais. Atitudes que prejudicam o outro, na verdade costumam estar mais ligadas a um saber da falta de valor, mesmo que inconscientemente, e precisar suprir essa ferida de qualquer maneira.

Mas isso não quer dizer que a pessoa que escolhe pensar em si primeiro, quer ter uma vida melhor, quer ter mais sucesso profissional e se orgulha pelas suas realizações, e que sejam características de pessoas ruins, essas são na verdade partes de uma autoestima fortalecida, que não se relacionam a fazer mal a alguém.

Outra confusão comum é que a autoestima elevada traria um esquecimento de seus defeitos, o que se você leu o texto até agora sabe que não é verdade, já que para isso é necessário reconhecer suas dificuldades. Neste caso, estamos dizendo que pessoas com problemas relacionados ao narcisismo, são impedidas de crescer e perceber seus defeitos, dificuldades e melhorá-las. Quando se torna arrogância e prepotência, impede por exemplo, um bom trabalho em equipe e da mesma forma uma interação social favorável.

Demonstrando assim como é importante o autoconhecimento, pois sem ele não conseguimos viver de forma ponderada, só com os extremos, ou a autocrítica é elevada e se perde o referencial da qualidade, ou ela deixa de existir e se perde o olhar sobre o defeito, impedindo o desenvolvimento de qualquer forma.

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 Cuidado

É evidente que você gosta de analisar seus defeitos com o intuito de melhorá-los,  que gostaria de mudar alguns traços e atributos seus em várias circunstâncias, já que, o ideal ainda parece muito distante e tem medo de permanecer como vítima, paralisado na zona de conforto. No entanto uma cobrança desmedida não gera desenvolvimento, da mesma forma que metas irreais nunca são batidas.

Se depois de uma análise carinhosa e com muito respeito sobre seus defeitos, existir algum que ainda precisa ser melhorado, o que é possivelmente real, lembrando que muitas de suas características são inatas, te dou todo apoio do mundo para que trabalhe em prol dessa mudança, mas que ela seja feita com o mesmo amor e não com a rigorosidade anterior. Dessa forma você não estará  abrindo mão de sua qualidade de vida e tranquilidade para atingir algo irreal e de forma a prejudicar sua saúde corporal e mental.

Conclusão

Enfim, é importante buscar a realidade dos seus pensamentos, se questionar sobre a rigidez de sua autocrítica, duvidar do que se passa em sua mente no tocante às suas incapacidades. Eu tenho certeza de que se você se esforçar, conseguirá ser capaz de superar muitas delas que, a priori, pareciam inimagináveis e horrorosas.

Poder desenvolver a autoestima é fortalecer a convicção de que você é capaz de viver e merece toda a felicidade e poder enfrentar a vida com mais confiança e otimismo, dessa forma atingirá suas metas e se sentirá realizado. E claro, tente se lembrar, sempre, de suas qualidades e conquistas prévias. Assim sendo, tenho certeza que você terá dado um passo muito importante, para alcançar a vida tranquila e feliz que você tanto sonha.

 

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